Será a era tecnológica, a era do desemprego?
Confira a reflexão proposta pelo professor Lourivaldo Alves Batista
Resenha sobre o texto “O QUE É TECNOLOGIA?” Escrito pelo Professor Yussef
Garcia; Analista de sistema da Universidade do Estado do Pará – Mestrando em
Ciências Ambientais – Gestão em TI. Geoprocessamento e Georeferênciamento –
UEPA; Administrador do setor de TI do Núcleo de Educação continuada a Distância
– NECAD; Coordenador de Estagio e Curso Ciência da Computação – FAPAN/FAPEN.
A obra trata-se de caracterizar a revolução tecnológica, iniciando com
uma analise etimológica da palavra técnica e construindo epistemologicamente a
evolução da técnica até a tecnologia, considerando as etapas da Revolução
Industrial. Evidenciando desde a Primeira Revolução Industrial, caracterizada
pela substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e uso das maquinas,
até a mais contemporânea, ou seja, a Revolução técnico-cientifico-informacional
um dos principais legados teóricos deixados pelo excepcional Geógrafo Milton
Santos, que corresponde à evolução dos processos de produção e reprodução do
meio geográfico.
O texto Investiga, ainda, a possibilidade de a tecnologia gerar o
desemprego, deixando pegadas de que não. Contudo faz exceções sobre os Países
que não constituem parte dos desenvolvidos, pois, deixa claro que as Nações que
possuem uma Industrialização Tardia e ou
Países Emergentes, ainda, não se consolidaram totalmente no sistema industrial
e já recebem alterações consistentes e modificadoras dentro do processo
industrial e tecnológico refletindo diretamente na sociedade.
Segundo José Pastore (1998),”O tema
é extremamente controvertido. Dizer que tecnologia substitui trabalho é fácil.
Provar que ela gera desemprego é difícil. As tecnologias ajudam ou atrapalham o
trabalho humano? Tudo depende em que ambiente elas caem. Quando elas são usadas
para baixar os preços e instigar a demanda por bens e serviços, os impactos
positivos são enormes”.
Percebe-se que a tecnologia vem colaborar amplamente com o
desenvolvimento social, auxiliando na produção de bens e serviços, reduzindo
custos de produtos e agilizando na prestação de serviço. Neste sentido
contribui positivamente para o bem estar e avanço da sociedade. Caso venha
desaparecer algumas ocupações com o uso da tecnologia podem surgir outras para
substitui-las.
Conforme José Pastore (1998), “Afinal,
as tecnologias destroem ou criam empregos? Depende do ambiente institucional em
que operam. Tecnologias que entram em sociedades pouco educadas e com leis
trabalhistas rígidas, mais destroem do que criam empregos. Tecnologias que
entram em sociedades bem educadas e quadros legais flexíveis, mais geram do que
destroem postos de trabalho”.
A Universidade de Oxford analisou cerca de 700 ocupações e concluiu que
metade delas corre o risco de desaparecer devido o uso da tecnologia. Portanto,
é essencial adotar um cuidado rigoroso sobre a estratificação/casta mais baixa
da sociedade atingida pela má distribuição de renda existente nos países que se
enquadram como emergentes, sendo assim, o desemprego pode assolar os
trabalhadores sem qualificação ideal e que não conseguem a necessária inclusão
no processo tecnológico e acabam sendo excluídos da forma mais perversa do
sistema mais avançado da tecnologia utilizada pelo capitalismo.
Considerando estes dados conclui-se, que a tecnologia veio para
permanecer e não existe a possibilidade de retrocesso. Cabe ao ser humano
investir no cognitivo e procurar inserir-se no processo tecnológico. Pois, caso
não consiga alcançar o conhecimento ideal, notório fica a possibilidade de que
venha fazer parte das estatísticas do desemprego.
BIBLIOGRAFIA:
PASTORE, José. Tecnologia e
emprego. O Jornal da Tarde. São Paulo, 18 de novembro de 1998. Disponível
em: www.josepastore.com.br/artigo/emprego/036htm.
Acesso em 29 de maio de 2018.
Resenha feita:
BATISTA, Lourivaldo Alves – Professor de Geografia – UFPA, Pós Graduado
em Gestão Escolar e Pós Graduando em Ensino de Sociologia para o Ensino Médio.
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