Por desacordo, educadores de Parauapebas deflagram greve no município
Educadores
reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho
Os profissionais da educação do município de Parauapebas
deflagraram greve na manhã desta quinta-feira (3). Desde cedo, os educadores
ocupam a sede do poder executivo do município reivindicando reajuste salarial e
melhores condições de trabalho. Segundo eles, o acordo que existia entre o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) e Prefeitura
local não foi cumprido, o que justifica a paralisação dos serviços e o ato
público de protesto.
Segundo publicação do Sintepp, o governo se comprometeu a
implementar o CredLeitura, mas não o fez. Além disso, ainda segundo o Sintepp,
a Prefeitura descumpriu o acordo de investir 100% do precatório do Fundo de
Desenvolvimento da Educação Fundamental (FUNDEF) na educação, sendo que 40%
seria para a manutenção e outros 60% para abono de professores. Segundo eles, o
executivo municipal gastou o valor com a folha de pagamento normal, quando essa
já deveria ter o montante específico para o ano em questão.
Um trecho do documento de justificação da greve revela que
as negociações já acontecem há algum tempo. “Durante as reuniões ocorridas esse
ano, o governo e sua equipe, sem nenhum fundamentação baseada em estudos reais,
sustentam a tese de que não seria possível qualquer reajuste acima de 2,8%,
pois incorreriam no risco de descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ressaltamos que essa proposta é uma vergonha, pois é a primeira vez que um
gestor apresenta uma proposta tão ridícula; isso sem falar que Parauapebas vive
um momento de ascensão na arrecadação municipal.”
O documento afirma ainda que o Sintepp solicitou folhas
analíticas para fazer suas respectivas análises, porém o governo se recusa a
apresentar, “essa é uma demonstração de que não conseguirão sustentar seus
argumentos. O governo está sinalizando que há a possibilidade de cortes no
auxílio alimentação e gratificações das progressões dos professores.”
A greve segue agora por tempo indeterminado. “Estamos
cientes de que só haverá avanços com muita luta”, afirma o documento assinado
por Rosemiro Laredo, coordenador do Sintepp-Parauapebas.
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