Polícia flagra esquema de pagamento de propinas a servidores públicos no sudeste do PA
Cinco suspeitos foram presos. De acordo com a
Polícia, o esquema envolve crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro,
fraudes tributárias, formação de cartel e comercialização ilegal de armas de
fogo.
A operação
"Império Obscuro" da Polícia Civil desarticulou, nesta terça-feira
(27), um esquema no sudeste do estado que envolvia crimes de corrupção ativa,
lavagem de dinheiro, fraudes tributárias, formação de cartel e comercialização
ilegal de armas de fogo. De acordo com a Polícia, a atuação dos criminosos
envolvia pagamento de propinas a servidores públicos.
Cinco pessoas
foram presas e 21 mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos nos
municípios de São Félix do Xingu, Tucumã e Marabá. Segundo a Polícia, dois
suspeitos ainda continuam foragidos.
Em Tucumã, a
Polícia prendeu um pai e o filho. Em Marabá, um homem foi preso e em São Félix
de Xingu, foram duas prisões.
Entre os presos
estão dois apontados como os líderes; outro que atuava como contador e
intermediador do pagamento de propinas a diversos servidores públicos; outro
apontado como "braço direito" de um dos líderes e um último acusado
de vender armas ilegalmente.
O delegado
Pedro Henrique Andrade disse que "os alvos da operação foram pessoas com
bens patrimoniais elevados, acima de suas realidades financeiras, por meio de
pagamento de propinas a servidores públicos de órgãos estaduais e de servidores
vinculados à prefeitura".
Propinas
Os pagamentos,
de acordo com o delegado, tinham intuito de permitir a sonegação fiscal e de
ocultação de patrimônio. "Foi possível identificar diversas pessoas que
atuavam com os pagamentos à servidores da Secretaria de Estado da Fazenda
(Sefa), à Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) e à Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, Saneamento e Mineração (Semmas) de São Félix".
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Material apreendido pela polícia durante operação no sudeste do Pará. (Foto: Reprodução / Polícia Civil) |
As
investigações também apontaram o envolvimento de servidores da Semmas que, de
acordo com o delegado, "estariam expedindo autos de infração de baixo
valor e licenças ambientais com datas retroativas como forma de livrá-los de
sanções aplicadas pelos órgãos de fiscalização ambiental federal". Segundo
Andrade, provas indicam a participação de diversos fiscais e do ex-secretário,
com participações de políticos.
FONTE : G1 PARÁ
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